terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Capítulo 26 - Ainda vai ter casamento?

Valentina levou Guilherme ao hospital, onde ele foi examinado e fez um raio-x do pulso. O resultado foi que havia uma fratura e ele teria que ficar um mês engessado, e isso o deixou bastante preocupado.
- Doutor, existe alguma chance de isso prejudicar meus movimentos com a mão? - perguntou ele, depois de colocar o gesso
- Pode ficar tranquilo, você não terá sequelas. Mas mexa essa mão o mínimo possível, para que a cicatrização ocorra corretamente.
Depois disso, o médico prescreveu um remédio para dor e disse que Guilherme já podia ir embora. Ele encontrou Valentina do lado de fora do consultório e pediu que ela o levasse em casa, já que não podia dirigir, mas ela se recusou.
- De jeito nenhum amor, você vai dormir lá em casa hoje - disse ela
- Val, eu já sou adulto, sei me cuidar.
- Mas precisa ficar com a mão em repouso, não vou te deixar sozinho naquele apartamento. E falando assim, parece até que você não quer minha companhia, Gui...
- Claro que eu quero, meu amor! O que eu não quero é te incomodar.
- Não vai ser incomodo nenhum, seu bobo!
- Tudo bem, então eu vou.
Após chegarem a um acordo, dois passaram no apartamento de Guilherme para ele pegar algumas coisas, depois seguiram para casa de Valentina. Quando chegaram, Amanda já estava dormindo, então eles foram para o quarto, onde ele contou a ela o que aconteceu no bar e o porque dele ter machucado o pulso.
- Eu sabia que tinha um motivo para eu não ter ido com a cara dessa Danielle. Agora você se machucou por causa dela! - disse ela, após ouvir o noivo
- Ela é maluca, parece até que está me perseguindo! Não vai ser fácil continuar tocando no bar com ela lá.
- Mais um motivo para você sair do bar e aceitar trabalhar na gravadora do meu tio, amor!
- Val, você disse que não ia me pressionar com isso.
- Tudo bem, desculpa. Vou respeitar seu tempo.
Terminada a conversa, os dois decidiram ir dormir, por estavam muito cansados depois de passar horas no hospital.
No dia seguinte, como era sábado, resolveram fazer um programa em família com Amanda. Foram ao shopping, almoçaram juntos e depois foram ao cinema. Todos se divertiram muito e Guilherme estava cada vez mais próximo da filha. Quando voltaram para a casa de Valentina, a menina fez um comentário inesperado.
- Vocês podiam se casar logo - disse ela, olhando para os dois
- Que isso Amanda, estamos noivos há pouco tempo - falou Valentina, achando graça
- Mas se conhecem já faz muito tempo, mais de 12 anos - respondeu ela, citando a própria idade - e eu quero que o papai more com a gente.
- Filha, casamento é coisa de adulto, você é muito nova para entender dessas coisas. Vai brincar, vai - disse Valentina
Amanda foi para o quarto e Valentina sentou-se no sofá com Guilherme, para passarem um tempo juntos, à sós.
- Essa menina é impossível - falou ela, se referindo à filha
- É mesmo. Mas o que ela falou até faz sentido... - disse Guilherme
- Sobre a gente se casar?
- Pensa bem Val, a gente já se conhece a bastante tempo mesmo e se não fosse a Joana ter armado para separar a gente, com certeza já estaríamos casados. Além disso, eu não tenho a menor duvida de que é com você que eu quero passar o resto da vida. Você tem?
- Claro que não Gui, você é o amor da minha vida!
- Então, para que esperar mais?
- Você tem razão. Vamos marcar o casamento então, para depois que você tirar esse gesso! - falou Valentina, animada
Os dois se abraçaram e comemoraram a decisão com um beijo apaixonado. Após ficar algum tempo namorando no sofá, eles foram conferir se Amanda já estava dormindo e seguiram para o quarto. Assim que Valentina fechou a porta, Guilherme a abraçou por trás e começou a beijar seu pescoço.
- Gui, calma! - pediu ela, virando-se de frente para ele
- O que foi? Não vai me dizer que você quer esperar o casamento - brincou ele
- Seu bobo, claro que não é isso, né? - respondeu ela, rindo - Estou preocupada com o seu pulso.
- Não está doendo - falou ele, e em seguia a puxou pela cintura e a beijou
- Mas você não pode fazer nenhum esforço com ele - disse ela, depois do beijo - Quer voltar a tocar ou não?
- Quero, lógico. Tudo bem, você tem razão, vamos esperar.
Os dois então se deitaram e dormiram abraçados. No dia seguinte, acordaram cedo e foram passear juntos no parque. Passaram um tempo juntos, só os dois, fazendo planos para o casamento. Um poco antes do meio-dia, foram buscar Amanda, para que os três almoçassem juntos. Depois de comer, voltaram para a casa de Valentina, pois a menina precisava terminar de estudar para uma prova de matemática. Os dois ajudaram a filha com os exercícios e eles passaram um tempo de qualidade juntos, como uma verdadeira família. No fim do dia, Guilherme disse que precisava ir para casa.
- Gui, você está machucado, não quero te deixar sozinho - disse Valentina, tentando convencê-lo a ficar mais uma noite
- Eu vou ficar bem, meu amor. Marquei com os caras da banda no meu apartamento amanhã de manhã, para ajudar a escolher alguém para me substituir, estão preciso dormir lá.
- Tudo bem, eu te levo lá então, já que você não está podendo dirigir.
- Estou te dando muito trabalho por causa desse pulso, né?
- Para com isso amor, eu gosto de te mimar - falou ela, acariciando o rosto dele
Valentina levou Guilherme em casa e eles combinaram de ir até a igreja no dia seguinte, marcar a data do casamento. Depois se despediram com um beijo apaixonado. Ambos estavam felizes, pois haviam tido um final de semana maravilhoso e estavam cada vez mais unidos.
Poucos minutos depois que entrou em seu apartamento, Guilherme ouviu a campainha tocar. No momento em que atendeu a porta, ficou arrependido.
- O que você quer, Danielle? - disse ele, ao ver a vizinha
- Eu vi quando você chegou e decidi vir aqui para saber se estava tudo bem. Você passou o fim de semana no hospital? - perguntou ela
- Não, estava na casa da minha noiva, porque graças a você, fraturei o pulso.
- Esse gesso não te incomoda à noite?
- Um pouco, mas estou tomando remédios forte para dormir. Eles evitam que eu me mexa muito e acabe forçando o pulso.
- Eu estou me sentindo muito mal por ter causado isso, sei que fui um pouco... Agressiva, tentando me aproximar de você.
- Um pouco?
- Tá, bastante agressiva. Você me perdoa? Será que podemos começar de novo e ser amigos?
- Eu te perdoo, mas prefiro que a gente continue sendo apenas vizinhos.
- Tudo bem. Mas saiba que pode contar comigo se precisar de alguma coisa.
- Eu estou bem, pode voltar para sua casa. Boa noite.
Dizendo isso, Guilherme fechou a porta, deixando Danielle com raiva por, mais uma vez, ter levado um fora. Ela decidiu que precisava separar o vizinho de Valentina, pois só assim teria uma chance com ele. Depois de pensar um pouco, se lembrou do que ele disse sobre os remédios para dormir, e teve uma ideia. Na mesma hora, pegou o elevador e foi falar com o porteiro, pois sabia que ele tinha cópias das chaves de todos os apartamentos.
- Boa noite, será que você pode me dar a chave do apartamento do Guilherme? - perguntou ela
- Desculpe, mas não posso emprestar as chaves para ninguém - respondeu ele
- Ah por favor... É por uma boa causa, e além disso eu posso te recompensar - falou ela, brincando com a gravada do porteiro e acariciando seu rosto
Seduzido por ela, ele acabou entregando a chave. Danielle então subiu, entrou silenciosamente no apartamento de Guilherme, tirou a roupa e deitou do lado dele. Como estava dormindo pesado, por causa dos remédios, ele nem percebeu.
No dia seguinte, Valentina resolveu visitar o noivo de surpresa, antes de ir para a gravadora, pois queria ver se estava tudo bem com ele. Como tinha uma cópia da chave, chegou e já entrou no apartamento. A sala estava vazia, então ela assumiu que Guilherme ainda estava dormindo e foi até quarto. Quando abriu a porta, ficou em choque ao ver Danielle com ele na cama.
- Mas o que significa isso? - perguntou ela, exaltada
Guilherme acordou apavorado, olhou para Valentina, que parecia furiosa,  sem entender nada e levou um susto quando viu a vizinha a seu lado. Será que a armação de Danielle vai mesmo conseguir separar esses dois?

Continua...

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