No dia seguinte, Valentina foi para a gravadora super feliz, pois finalmente havia se acertado com seu grande amor. Estava difícil se concentrar no trabalho, pois ela não parava de pensar em Guilherme, tanto que em um determinado momento, se pegou lendo uma das letras enviadas pelo Músico Anônimo, que agora ela já sabia quem era. Depois de ler, ela chegou à conclusão de que precisava convencer o noivo a fazer um teste para ser contratado pela gravadora, pois ele tinha muito talento. Estava imersa em seus pensamentos, quando alguém bateu na porta.
- Entra - disse ela
- Bom dia, Val - falou Victor, abrindo a porta
- Oi Victor, bom dia!
- Nossa que animação logo de manhã. Fez as pazes com o Guilherme, acertei?
- Como é que você sabe?
- Ele me ligou enquanto você estava viajando e eu o aconselhei a te mandar aquela gravação.
- Até você? Tem mais algum cupido nessa história? - quis saber ela
- Que eu saiba não - respondeu ele, rindo - Mas que bom que deu tudo certo.
- Sim, aliás obrigada por ajudar.
- Imagina, amigo é para essas coisas.
- Mas e você? Também parece bem contente.
- E estou. Eu e a Luiza estamos oficialmente namorando.
- Imaginei que isso ia acontecer. Fico feliz por vocês.
- Obrigado. Bem, o papo está ótimo mas temos que voltar ao trabalho não é? Eu vim aqui para te lembrar que às 10h temos uma gravação com o Felipe.
- Claro, passa aqui quando estiver na hora e descemos juntos para o estúdio.
- Ok, até mais tarde.
- Até.
Logo que Victor saiu da sala, o celular de Valentina tocou. Ela viu que era Guilherme e atendeu rapidamente.
- Oi amor - falou ela
- Bom dia meu amor - disse Guilherme - Como nós combinamos de passar na igreja hoje, pensei em te pegar aí ao meio dia para fazermos isso e depois almoçarmos juntos. O que você acha?
- Não podemos fazer isso no fim do meu expediente?
- Eu tenho um convite para te fazer e não quero esperar até a noite.
- Convite? Fiquei curiosa. Tudo bem, me pega aqui ao meio dia então.
- Combinado, eu passo aí, agora já estou podendo dirigir.
- Vou estar esperando. Um beijo.
Valentina desligou o telefone e pegou uns contratos para analisar. O tempo passou rápido e de repente já estava na hora da gravação, então ela e Victor foram para o estúdio. Tudo correu bem, mas ela começou a ficar incomodada com o jeito como Felipe olhava para ela e no finalzinho, Victor precisou sair para um reunião, deixando os dois a sós. Quando a gravação terminou, o músico se aproximou de Valentina enquanto ela arrumava suas coisas.
- Oi, tudo bem? - perguntou ele
- Comigo tudo ótimo Felipe e com você? Já estão te reconhecendo na rua, depois que você abriu o show do Skank? - brincou ela
- Ainda não - riu ele - Escuta, eu não paro de pensar em como aquele nosso jantar em Belo Horizonte foi bom, então achei que podíamos repetir a dose hoje, o que acha?
- Eu agradeço convite, mas não dá. Não tem jeito fácil de dizer isso, então lá vai: não gosto de você desse jeito.
- Mas eu posso te fazer gostar! Me dá uma chance - disse ele, se aproximando
- Eu realmente não posso e não quero Felipe, desculpa - falou ela, colocando a mão no ombro dele, para que não chegasse mais perto - Eu estou noiva.
- Noiva? Por que não me disse isso antes?
- Porque quando nos conhecemos eu e o Guilherme, meu noivo, estávamos separados! Mas no dia em que nós voltamos da viagem, descobri que eu ele fomos vítimas de uma armação.
- E aí vocês voltaram, acertei?
- Sim. Eu não queria te magoar, mas precisava te dizer tudo isso.
- Tudo bem eu entendo.
- Não fica chateado tá? Você é um cara bacana, com certeza vai encontrar alguém que corresponda aos seus sentimentos. Ainda somos amigos né?
- Com certeza, amigos e colegas.
- Fico feliz. Bem preciso ir agora, até a próxima gravação.
- Até lá.
Valentina voltou para sua sala aliviada por ter esclarecido as coisas com Felipe. Depois de ajeitar tudo, foi encontrar Guilherme, que já esperando na porta do prédio. Os dois seguiram para a igreja e marcaram o casamento para daí três meses, pois não queriam esperar muito mais e nem tinham motivo para isso. De lá, foram almoçar em um restaurante perto da gravadora.
- Estou tão feliz que finalmente marcamos a data do nosso casamento - disse Valentina, assim que eles se sentaram em uma das mesas
- Eu também, não vejo a hora de morarmos juntos - falou Guilherme, segurando a mão da noiva
- Acho que a gente tinha que comemorar essa felicidade.
- O convite que eu quero te fazer tem a ver com isso.
- É mesmo, pode falar que convite é esse, estou muito curiosa.
- É o seguinte, minha família tem uma casa em Angra dos Reis e no momento ninguém está usando. Pensei que podíamos passar o fim de semana lá, só nós dois, o que você acha?
- Amei a ideia amor, só preciso ver com minha mãe se a Amanda pode ficar na casa dela.
- Mas sua mãe não está morando em outra cidade?
- Sim mas é perto daqui e no caminho para Angra, a gente deixa ela lá na ida e busca na volta. Mais tarde eu ligo para minha mãe.
- Perfeito. Essa viagem vai ser ótima para eu matar a saudade que senti de você nesse tempo que ficamos separados.
- E você acha que eu não senti saudade?
Os dois trocaram um beijo apaixonado, depois pediram a comida pois Valentina não podia demorar para voltar ao trabalho e Guilherme tinha uma reunião com o pessoal da banda. Ambos estavam muito animados para passar o final de semana a sós.
A semana passou rápido e logo já era sexta-feira. Valentina saiu mais cedo da gravadora e foi direto para casa terminar de arrumar suas malas e também as de Amanda. Eram cinco da tarde e Guilherme chegaria às seis. Ele foi pontual e os três saíram no carro dele. Valentina dirigiu até a casa de sua mãe e depois de uma rápida parada para deixar a filha, eles seguiram viagem com Guilherme na direção. Quando chegaram em Angra, ela ficou encantada com a casa.
- Nossa amor essa casa é muito linda! Olha essa vista incrível para o mar - falou ela, entrando na varanda
- Que bom que você gostou - disse ele, abraçando-a por trás
- Adorei! Temos que voltar aqui depois do casamento, com a Amanda.
- Vamos ter muito tempo para isso. Que tal se a gente visse um filme agora, juntinhos no sofá?
- Acho uma ótima ideia.
Eles fizeram pipoca, sentaram-se no sofá e começaram a assistir uma comédia romântica, mas antes da metade do filme, acabaram decidindo trocar de roupa e ir nadar, pois apesar de já estar de noite, estava fazendo muito calor. Quando Valentina pulou na piscina, espirrou água no rosto de Guilherme, que já estava lá dentro e revidou fazendo uma chuva em cima dela.
- Para Gui! - pediu ela, enquanto jogava água nele também
- Para você! - respondeu ele
Os dois ficaram nessa guerra de água até que ele a abraçou forte para que parasse. Eles se olharam, riram daquela situação e se beijaram suavemente. O beijo foi ficando intenso, Guilherme encostou Valentina na parede e começou a beijar seu pescoço. Ela deu mordidinhas leves na orelha dele, fazendo com que ele se empolgasse e desamarrasse seu biquíni lentamente. Após mais alguns beijos, ele a levantou dentro da água, fazendo com que ela puxasse seus cabelos, e sem conseguir resistir mais, entre carícias, arranhões e suspiros, eles se amaram ali mesmo, dentro da piscina. Depois foram tomar banho e dormir, pois queriam estar descansados no outro dia.
Na manhã seguinte, acordaram bem cedo para ir para a praia, e quando estavam saindo da casa, se depararam com uma mulher que parecia conhecida, do outro lado da rua.
- Gui, essa ali é quem eu estou pensando? - perguntou Valentina, chocada
- Não sei, ainda não vi o rosto dela - respondeu Guilherme em dúvida
Mas repente ela se virou e as suspeitas deles se confirmaram, aquela era ninguém menos que Joana. Será que ela vai mais uma vez tentar estragar a felicidade do casal?
Continua...
